Discutindo literatura com o 1º ano

Este espaço foi criado para "textar..."

Isto é....


Através de nossos textos, testar nosso poder de discussão e de construção de conhecimento, de arte e de literatura...

Será um prazer contar com a sua participação!

Beijos,
Professora Maria José

Literatura - CPMG


terça-feira, 31 de março de 2009

1º B, 1º B

O operário em construção, a dramatização e o poema machadiano não foram em vão...


BOM É O MELHOR que podemos fazer...


SE NÃO HOUVE EMOÇÃO - ou se ninguém ouve a emoção - não significa que ela não existe: VALEU A INTENÇÃO DO CORAÇÃO!

OBRIGADA,

segunda-feira, 30 de março de 2009

Reflexões =D

A Estória do lápis

O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.
"Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca, que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade".
"Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor."
"Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça".
"Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você."
"Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação".
Autor desconhecido.

Agora,gostaria que vocês comentassem o que conseguiram refletir!
E não se esqueça:
Seja o que você quer ser,porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer.
"meus olhos"

"São diamantes
É direção
Traz o amor
para o meu coração

É obra divina
sem duvidas infinitas
me ajuda viver e ler
Andar sem voltar
amar e sonhar
expressar e sorrir

"meus olhos obrigada
por existir" "

autora: Rafaella Cândida de Paula



1°ano "B" sem dúvida a melhor sala do CPMG!!

Professora declamando que lindo!!

Só o fundão!!










quinta-feira, 26 de março de 2009

LER É UM PRAZER

Selecionem alguns textos literários que considerem bonitos: poemas, trechos em prosa de romances que leram, crônicas, falas de personagens, pensamentos, trechos engraçados ou tocantes, letras de músicas... Compiem-nos AQUI...

sábado, 21 de março de 2009

O Milagre

Deixando pra lá tudo o que me preocupa.
Tirando um tempo para falar da vida.

Há tanto tempo o que viver.
Já querendo se mostrar experiente.
Tendo certeza que já aprendeu muito.
E que ainda vai aprender muito mais.

Percebe que a vida é incomparável.
Que podemos vivê-la apenas uma vez.
Tendo e conseguindo aproveitá-la.

São alegrias, tristezas
Perdas, ganhos
Surpresas, decepções
Amores, desamores
Paz, conflitos
Consolos, culpações
Verdades, mentiras
Carinhos, agressões
Generosidades, egoísmo
Vivências.

No final de tudo isso
Um milagre, um dom.

Lua Clara Maia

sexta-feira, 20 de março de 2009

Para pensar um pouco...


Quando eu era menino, na escola as professoras me ensinaram que o Brasil estava destinado a um futuro grandioso porque as suas terras estavam cheias de riquezas: ferro, ouro, diamantes, florestas e coisas semelhantes. Ensinaram errado. O que me disseram equivale a predizer que um homem será um grande pintor por ser dono de uma loja de tintas.

Mas o que faz um quadro não é a tinta: são as idéias que moram na cabeça do pintor. São as idéias dançantes na cabeça que fazem as tintas dançar sobre a tela.


Por isso, sendo um país tão rico, somos um povo tão pobre, somos pobres em idéias. Não sabemos pensar. Nisto nos parecemos com os dinossauros, que tinham excesso de massa muscular e cérebros de galinha. Hoje nas relações de troca entre os países, o bem mais caro, o bem mais cuidadosamente guardado, o bem que não se vende, são as idéias. É com as idéias que o mundo é feito. Prova disso são os tigres asiáticos, Japão, Coréia, Formosa, que pobres de recursos naturais, se enriqueceram por ter se especializado na arte de pensar.


Minha filha me fez uma pergunta: “O que é pensar?”. Disse-me que esta era uma pergunta que o professor de filosofia havia imposto à classe. Pelo que lhe dou os parabéns. Primeiro, por ter ido diretamente à questão essencial. Segundo, por ter tido a sabedoria de fazer a pergunta, sem dar a resposta. Porque se tivesse dado a resposta, teria com ela cortado as asas do pensamento. O pensamento é como a águia que só alça vôo nos espaços vazios do desconhecido. Pensar é voar sobre o que não se sabe. Não existe nada mais fatal para o pensamento que o ensino das respostas certas. Para isso existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido.


E, no entanto, não podemos viver sem respostas. As asas, para o impulso inicial do voo, dependem dos pés apoiados na terra firme. Os pássaros, antes de saber voar, aprendem a se apoiar sobre os seus pés. Também as crianças, antes de aprender a voar têm de aprender a caminhar sobre a terra firme.Terra firme: as milhares de perguntas para as quais as gerações passadas já descobriram as respostas. O primeiro momento da educação é a transmissão desse saber. Nas palavras de Roland Barthes: “Há um momento em que se ensina o que se sabe…” E o curioso é que este aprendizado é justamente para nos poupar da necessidade de pensar.


As gerações mais velhas ensinam às mais novas as receitas que funcionam. Sei amarrar os meus sapatos, automaticamente, sei dar o nó na minha gravata automaticamente: as mãos fazem o trabalho com destreza enquanto as idéias andam por outros lugares. Aquilo que um dia eu não sabia me foi ensinado; eu aprendi com o corpo e esqueci com a cabeça. E a condição para que as minhas mãos saibam bem é que a cabeça não pense sobre o que elas estão fazendo. Um pianista que, na hora da execução, pensa sobre os caminhos que seus dedos deverão seguir, tropeçará fatalmente. Há a história de uma centopeia que andava feliz pelo jardim, quando foi interpelada por um grilo: “Dona centopeia, sempre tive a curiosidade sobre uma coisa: quando a senhora anda, qual, dentre as suas cem pernas, é aquela que a senhora movimenta primeiro?”. “Curioso”, ela respondeu. “Sempre andei, mas nunca me propus esta questão. Da próxima vez, prestarei atenção”. Termina a história dizendo que a centopeia nunca mais voltou a andar.


Todo mundo fala, e fala bem. Ninguém sabe como a linguagem foi ensinada e nem como ela foi aprendida. A despeito disso, o ensino foi tão eficiente que não preciso pensar em falar. Ao falar, não sei se estou usando um substantivo, um verbo ou um adjetivo, e nem me lembro das regras da gramática. Quem, para falar, tem que se lembrar dessas coisas, não sabe falar. Há um nível de aprendizado em que o pensamento é um estorvo. Só se sabe bem com o corpo aquilo que a cabeça esqueceu. E assim escrevemos, lemos, andamos de bicicleta, nadamos, pregamos prego, guiamos carros: sem saber com a cabeça, porque o corpo sabe melhor. É um conhecimento que se tornou parte inconsciente de mim mesmo. E isso me poupa do trabalho de pensar o já sabido. Ensinar, aqui, é inconscientizar.


O sabido é o não pensado, que fica guardado, pronto para ser usado como receita, na memória deste computador que se chama cérebro. Basta apertar a tecla adequada para que a receita apareça no vídeo da consciência. Aperto a tecla moqueca. A receita aparecerá no meu vídeo cerebral: panela de barro, azeite, peixe, tomate, cebola, coentro, cheiro-verde, urucum, sal, pimenta, seguidos de uma série de instruções sobre o que fazer.
Não é coisa que eu tenha inventado. Me foi ensinado. Não precisei pensar. Gostei. Foi para a memória. Esta é a regra fundamental desse computador que vive no corpo humano: só vai para a memória aquilo que é objeto do desejo. A tarefa primordial do professor: seduzir o aluno para que ele deseje e, desejando, aprenda.


E o saber fica memorizado de cor – etimologicamente, no coração -, à espera de que o teclado desejo de novo o chame de seu lugar de esquecimento.


Memória: um saber que o passado sedimentou. Indispensável para se repetir as receitas que os mortos nos legaram. E elas são boas. Tão boas que nos fazem esquecer que é preciso voar. Permitem que andemos pelas trilhas batidas. Mas nada têm a dizer sobre os mares desconhecidos. Muitas pessoas, de tanto repetir as receitas, metamorfosearam-se de águias em tartarugas. E não são poucas as tartarugas que possuem diplomas universitários. Aqui se encontra o perigo das escolas: de tanto ensinar o que o passado legou – e ensinou bem – fazem os alunos se esquecer de que o seu destino não é passado cristalizado em saber, mas um futuro que se abre como vazio, um não-saber que somente pode ser explorado com as asas do pensamento. Compreende-se então, que Barthes tenha dito que, seguindo-se ao tempo em que se ensina o que se sabe, deve chegar o tempo em que se ensina o que não se sabe.

Rubem Alves

quinta-feira, 19 de março de 2009

Para nós que somos vestibulandos ^^

Diário de um Vestibulando!!!

"Essa música é para você que é assim como eu: um vestibulando"



"eh rapaiz eh ora de estudar, ou eh particular"

^^

terça-feira, 17 de março de 2009

Convite ao sonho

Queridos alunos do CPMG
A literatura tem um papel relevante na sua formação educacional, pois é um instrumento de suma importância na construção do seu conhecimento, fazendo com que você desperte para o mundo da leitura, não só como um ato de aprendizagem significativa, mas também como uma atividade prazerosa.
Por isso convido vocês para apreciarem a leitura das obras literárias solicitadas pelo PAS UnB:
A alma encantadora das ruas - João do Rio;
A pele do lobo - Arthur de Azevedo;
Cartas Chilenas - Tomás Antônio Gonzaga.
Boa leitura e até o próximo encontro.
Profª Silvianete

segunda-feira, 16 de março de 2009

°•. °•. °•. "VIDA" .•° .•° .•°

Olhe bem pra ela, pra sua vida
sente numa tarde sem compromissos
e pense simplesmente na sua vida
pense em como ela está,
pense em tudo o que fez
e tudo o que ainda quer fazer
veja quais raizes plantou
pense no sucesso, nas tristezas
pense em quem te magoou...
pense em seus amores
ou se for egoista
pense em um único amor...
pense na VIDA sem pedir
explicações e lembre-se,
cada um tem o sol que merece...
reflita num tarde
onde voce se sinta bem
sente em um banco qualquer,
tire os sapatos,
pise a terra com os pés descalços,
respire e sinta a vida acontecer
dentro de voce
mande embora qualquer sensação
desconfortável
pense na vida, na sua vida
e terá respostas
respostas que nunca pensou ter...

Thais Lopes

É como amar

Sou poeta,sou simplesmente
um ser limitado e triste
sujo de tempo e palavras
com tudo capaz de amar
que este oficio de escrever
sem tirar nem por,é o mesmo
que o oficio de viver
quero dizer,o de amar.

Marcelo Carlos

domingo, 15 de março de 2009

Um pouco de teoria...

Estrofe



Parte de um poema consistindo de uma série de linhas ou versos dispostos em uma certa configuração regular, definidos por metrificação e rima que se repetem periodicamente. Uma estrofe tem geralmente um "pattern" regular de número de linhas, metrificação e rima, constituindo-se em uma seção da poesia. No entanto, uma estrofe irregular não é incomum.

Na corrente modernista encontramos estrofes livres, onde a preocupação maior é com o conteúdo dando-se menor importância à metrificação, à rima ou a qualquer outra configuração regular.

As estrofes podem ser classificadas como:



1 - monóstico

2 - dístico

3 - terceto

4 - quarteto (ou quadra)

5 - quintilha

6 - sextilha

7 - sétima

8 - oitava

9 - nona

10 - décima



Todas as estrofes que tenham mais de dez versos recebem a denominação de Irregulares.





Ritmo



Considerado por muitos como sendo a mística da palavra, o ritmo é uma alternação uniforme de sílabas tônicas e não tônicas em cada verso de uma composição poética.

O ritmo de um poema ainda tem muito a ver com a metrificação e a correspondência sonora provocada pela rima. Todo esse conjunto de elementos determina o ritmo da obra.

No verso livre a sonoridade rítmica obedece a um padrão próprio, não sendo governado por regras externas derivadas da alternação uniforme de sílabas tônicas ou de metrificação e rima, a essa modalidade dá-se o nome de Arritmia.





Elisão



A elisão é a supressão (na escrita ou na pronúncia) na vogal final de uma palavra e antes da vogal inicial da palavra seguinte. É usado para adequar o número de sílabas poéticas dentro de um verso.

Ex.: Copo-d’água - Pau-d’alho





Metrificação – Escansão



Metrificação é a técnica para se medir um verso. Em Português, ela se apóia na tonicidade das palavras, a escansão; contagem dos sons dos versos. É importante observar que as sílabas métricas diferem das sílabas gramaticais, observando-se as seguintes regras.





1. Contagem das sílabas métricas:



a) só contaremos até a última sílaba tônica de um verso.



1 2 3

Tal / a / chu / va



1 2 3

Trans / pa / re / ce



1 2 3

Quan / do / des / ce



(va/ce/ce - são as sílabas átonas e não entram na contagem poética)



b) Quando em um verso uma palavra terminar por vogal átona e a palavra seguinte começar por vogal ou H (que não tem som, portanto não é fonema, mas uma simples letra), dar-se-á uma elisão.



A/mo/-te, ó/ cruz/ no/ vér/ti/ce/ fir/ma/da

De es/plên/di/das/ i/gre/jas.



c) Sinérese: é a fusão de dois sons num só dentro da mesma palavra.



Lan/ça a/ poe/si/a



d) Diérese: o contrário da sinérese. Separa em sílabas distintas dois sons vocálicos dentro de uma mesma palavra.



1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Deus/ fa/la/, quan/do a/ tur/ba es/tá/ qui/e/ta



e) Hiato: é o contrário da elisão. Separa-se de dois sons interverbais (a sinérese e a diérese são intraverbais; a elisão e o hiato são interverbais). Conferir elisão e hiato no exemplo à seguir:



E/ va/ ga

Ao/ lu/ ar

Se a/pa/ga

No / ar.





2. Classificação do verso quanto ao número de sílabas:



a) Isométricos: são os versos de uma só medida. São classificados como:

monossílabos
dissílabos
trissílabos
tetrassílabos
pentassílabos (ou redondilha menor)
hexassílabos (heróico quebrado)
heptassílabos (redondilha maior)
octossílabos
eneassílabos
decassílabos (medida nova)
hendecassílabos
dodecassílabos (ou alexandrinos)


b) Heterométricos: são os versos de diferentes medidas, usados em um mesmo poema.



c) Versos livres: são aqueles que não obedecem a nenhum esquema.





Rima



A rima é um dos elementos do verso, mas não é essencial ou obrigatório. É apenas uma opção do autor para criar um vínculo de "melodia" e acentuar o final de um verso. Este recurso passou a ser usado na Idade Média pelos trovadores. Atualmente, existem composições poéticas onde as rimas não são usadas, que recebem o nome de Poesia Branca ou Poesia Solta.

As rimas são classificadas quanto à disposição nas estrofes, e de acordo com as classes gramaticais que a compõem. Veja alguns exemplos.



1 - Quanto à posição:



Emparelhada (ligando versos seguidos).



A

A

B

B



Cruzada (versos rimados se alternam).



A A

B ou B

C A

B B



Abraçada (ligando dois versos iguais e dois diferentes).



A A C

B ou A e C

B A C

A B B



Interpolada (liga o primeiro e último verso, quando existem três ou mais entre as ligações).



A A

B B

B ou C

B D

A A



Seguida (liga dois ou mais versos sucessivos).



A B

B ou B

B A





2 - Quanto ao valor:



Pobre – Formada por palavras da mesma classe gramatical.



Existe (verbo)

Teimoso (adjetivo)

Aviste (verbo)

Amoroso (adjetivo)



Rica – Formada por palavras de classes gramaticais diferentes.



Espero (verbo)

Vida (substantivo)

Sincero (adjetivo)

Querida (adjetivo)



Rara - Formada por palavras de pouca rima, difíceis de se encontrar.



Cisne (adjetivo)

Bosque (substantivo)

Tisne (verbo ou substantivo)

Quiosque (substantivo)



Preciosa – Formada por artifícios gramaticais, ou junção de palavras.



Amá-la

Tranqüilo

De gala

Por certo fi-lo



Imperfeitas – Formada por palavras homógrafas (escrita igual ou semelhante, e significado diferente) e homofônicas (pronúncia igual ou semelhante).



Estrela (Homógrafa)

Vejo (Homofônica)

Vê-la (Homógrafa)

Beijo (Homofônica)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Por que o jovem não deve ler!

Calma, prezado leitor, nem você leu errado, nem eu pirei de vez. Este artigo pretende isso mesmo: dar novos motivos para que os moços e moças de nosso Brasil continuem lendo apenas o suficiente para não bombar na escola.

E continuem vendo a leitura como algo completamente estapafúrdio, irrelevante, anacrônico, e permaneçam habitando o universo ágrafo dos hedonistas incensados nos realitys shows.

(Êpa, acho que exagerei. Afinal, quem não lê, muito dificilmente vai conseguir compreender esta última frase. Desculpem aí, manos: eu quis dizer que os carinhas, hoje, precisam de dicionário pra entender gibi da Monica, na onda dos sarados e popozudas que vêem na telinha, e que vou dar uma força pra essa parada aí, porra.)

Eu explico mais ainda: é que, aproveitando o gancho do Salão do Livro Infanto-Juvenil, em novembro agora no Parque do Ibirapuera, Sampa, pensei em escrever sobre a importância da leitura. Algo leve mas suficiente para despertar em meia dúzia de jovens o gosto pela leitura (de que? De tudo! De jornais a livros de filosofia; de bulas de remédio a conselhos religiosos; de revistas a tratados de física quântica; de autores clássicos a paulos coelhos.)

Daí aconteceram três coisas que me fizeram mudar de rumo e de idéia.

Primeiro eu li que fizeram, alguns meses atrás, um teste de leitura com estudantes do ensino fundamental de uma dezena de vários países. Era para avaliar se eles entendiam de verdade o que estavam lendo. Adivinhem quem tirou o último lugar, até mesmo atrás de paizinhos miseráveis e perdidos no mapa mundi? Acertou, bródi: o nosso Brasil.

Logo depois, li uma notícia boa que, na verdade, é ruim: o (des)governo de São Paulo anuncia maior número de crianças na escola. Mas adotou a política da não reprovação. Traduzindo: neguinho passa de ano, sim, mas continua técnicamente analfabeto. Porque ler sem raciocinar é como preencher um cheque sem saber quanto se tem no banco.

E, por último, li em pesquisa publicada recentemente nos jornais, que para 56% dos brasileiros entre 18 e 25 anos comprar mais significa mais felicidade, pouco se importando com problemas ambientais e sociais do consumo desenfreado. Ou seja, o jovem brasileirinho gosta de comprar muitas latinhas de cerveja, mas toma todas e joga todas nas ruas ou nas estradas, sem remorso.

Viram como ler atrapalha?

A gente fica sabendo de fatos que, se não soubesse, teria mais tempo para curtir o próprio umbigo numa boa, sem ficar indignado e preocupado com a situação atual de boa parte de nossa juventude.

E também faz o tico e o teco (nossos dois neurônios que ainda funcionam no cérebro, já que se dividirmos o quociente de inteligência nacional pelo número de habitantes não deve sobrar mais que isso per capita) malharem e suarem, em vez de ficarmos admirando o crescimento do bumbum e do muque no espelho das academias de musculação.

Porisso que, num momento de desalento, decidi que, de agora em diante, como escritor e professor, nunca mais vou recomendar a ninguém que leia mais, que abra livros para abrir a cabeça.

A realidade é brutal e desmentiria em seguida qualquer motivo que eu desse para um jovem tupiniquim trocar a alienação pela leitura.

Eu reconheço: a maioria está certa em não ler.

E tem, no mínimo, 5 razões poderosas , maiores e melhores que meus frágeis argumentos ao contrário:


1.Se ler, vai querer participar como cidadão dos destinos do País. Não vale à pena o esforço. Como disse o Lula (que não teve muita escola, mas sempre leu pra caramba), a juventude não gosta de política, mas os políticos adoram. Porisso que eles mandam e desmandam há séculos;


2.Se ler, vai saber que estão mentindo e matando montes de jovens todos os dias em todos os lugares do Brasil impunemente; principalmente porque esses jovens não percebem nem têm como saber (a não ser lendo) a tremenda cilada que é acreditar que bacana é mentir e matar também;


3.Se ler, vai acordar um dia e se perguntar que diabo é isso que anda acontecendo neste lugar, onde só ladrões, corruptos, prostitutas e ignorantes, aparecem na mídia;


4.Se ler, vai ficar mais humano e, horror dos horrores, é até capaz de sentir vontade de se engajar num trabalho comunitário, voluntário e parar de ser egoísta;


5.Se ler, vai comparar opiniões, acontecimentos, impressões e emoções e acabar descobrindo que sua vida andava meio torta, meio gado feliz.


O espaço está acabando e me deu vontade de lembrar que ninguém -nem mesmo alguém que não vê utilidade na leitura - pode achar que há um belo futuro aguardando uma juventude que vai de revólver pra escola e, lá, absorve não conhecimentos mas um baseado ou uma carreirinha maneira. Sim, é outra pesquisa que li, esta dando conta que sete entre dez estudantes brasileiros andam armados, tres entre dez se drogam na escola, sete entre dez bebem regularmente.

Mas páro por aqui já que, apesar destes tristes tempos verdes e amarelos (as cores do vômito, papito), lembro também de tantos poetas, jornalistas e escritores que, ao longo de minha vida de leitor apaixonado, me deram toques de esperança, força e fé na mudança.

De um especialmente - o poeta Tiago de Melo - com seu verso comovido e repleto de coragem:

"Faz escuro, mas eu canto!"

Talvez meu pequeno cantar sirva de guia do homem (e mulher) de amanhã. E que, lendo mais, ele/ela evite de ter como única alternativa para mudar de vida dar a bunda (e a alma) ou engolir baratas (e a dignidade) diante das câmeras de televisão.

Ulisses Tavares

quarta-feira, 11 de março de 2009

REFRICHÁ COM POESIA

31 DE MARÇO - AUDITÓRIO DO CPMG.

MUITA POESIA...

MUITO CHÁ:

Conhecimento
Habilidade
Atitude

(MÁXIMA ADAPTADA DA TEORIA DA QUALIDADE TOTAL)

e muito REFRI:

Respeito
Estudo
Força
Responsabilidade
Inteligência

(PRODUÇÃO COLETIVA - 1º"B")

PARABÉNS...


HIDEO WATANABE NETO 1º"B"!

LINDO TEXTO DA SEMANA...

TEXTO DA SEMANA
Com o tempo

Com o tempo eu aprendi...
que o homem que se gasta em palavras, raramente se gasta em ações.

Com o tempo aprendi...
que o nosso amanhã dependerá das escolhas que tomamos hoje.

Com o tempo aprendi...
que a vida é como um filme, mas não temos tempo para reescrever o roteiro.

Com o tempo aprendi...
que os verdadeiros amigos sempre são aqueles que você não dá moral mas sempre estão perto, quando você precisa.

Com o tempo aprendi...
Aprendi que a paixão dói, mas é uma dor gostosa de se viver.

Com o tempo aprendi...
apredi que rara é a beleza, e mais rara ainda, são as pessoas que a têm e não se exibem.

Com o tempo aprendi...
que devemos ter propósito em nossas vidas, viver por nada ou morre por alguma coisa.

Com o tempo aprendi...
que nada melhor do que o tempo para curar feridas e responder a nossas perguntas.

Com o tempo aprendi...
que "sem o esforço da busca é impossível a alegria do encontro".

Com o tempo aprendi...
que um sorriso pode levantar o astral de uma pessoa.

Com o tempo aprendi...
que diter "Eu te amo" é fácil, mas, amar de verdade é difícil.

Com o tempo aprendi...
que tenho que viver meu hoje como "se não houvesse amanhã" ,- pois o tempo não volta.

Com o tempo eu aprendi...
que ter fé é um dom.

Com o tempo eu aprendi...
que ser líder não basta querer, você tem que nascer com o dom...


Com otempo eu aprendi...
que a vida é tão simples, quanto a explicação do universo.

Com o tempo aprendi...
que nada melhor para ensinar que o tempo.

HIDEO WATANABE NETO 1º "B"

sexta-feira, 6 de março de 2009

GÊNERO LÍRICO

Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos. Por muito tempo, até o final da Idade Média, as poesias eram cantadas; separando-se o texto do acompanhamento musical, a poesia passou a apresentar uma estrutura mais rica. A partir daí, a métrica (a medida de um verso, definida pelo número de sílabas poéticas), o ritmo das palavras, a divisão em estrofes, a rima, a combinação das palavras foram elementos cultivados com mais intensidade pelos poetas.

Leia o texto que aparece no final do filme "Dez coisas que eu odeio em você" e explique porque o poema se enquadra no gênero lírico...

"Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirigi o meu carro
E odeio seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Ainda mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar"

BOM TRABALHO...

quarta-feira, 4 de março de 2009

PREPARE-SE:

O poeta José Paulo Paes define poesia como brincadeira e nos faz um convite:


Poesia é... brincar com as palavras
como se brinca com bola,
papagaio, pião.
Só que bola, papagaio, pião
de tanto brincar se gastam.

As palavras não:
Quanto mais se brinca com elas,
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.

Como cada dia que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?




O dia da poesia se aproxima...
Que tal, aceitar o convite e escrever um poema?

Estou esperando...